A Evolução Das Redes Sociais Em Uma Década: Do Orkut Ao Tiktok

A Evolução das Redes Sociais em Uma Década: do Orkut ao Tiktok

Como as coisas mudaram em tão pouco tempo

As redes sociais têm desempenhado um papel fundamental na reformulação das nossas interações sociais e na maneira como nos comunicamos no mundo moderno. Evoluíram imensamente na última década, resolvendo com eficácia o problema da comunicação à distância e, também, facilitando o encontro de novas pessoas.

Plataformas como Orkut e MSN foram pioneiras neste campo, mas acabaram por não conseguir adaptar-se à rapidez com que novas tecnologias e novos hábitos de consumo de mídia social surgiam. Enquanto Orkut era conhecido por sua comunidade vibrante e MSN por suas conversas instantâneas, ambos não conseguiram inovar o suficiente para manter a relevância num mercado cada vez mais competitivo e saturado.

Estas novas plataformas não apenas mantiveram as características que pessoas amavam nas redes mais antigas, como também introduziram novas ferramentas, como transmissões ao vivo, stories e segmentação de anúncios, que transformaram o modo como interagimos e compartilhamos as nossas vidas online. Neste artigo vamos conferir a evolução das redes sociais em uma década: afinal, como chegámos do Orkut ao TikTok?

Imagem Ilustrativa: Do Orkut ao TikTok

No início da era da internet, o acesso às redes sociais era bastante básico e simples, e não havia ainda uma mentalidade desenvolvida por parte das marcas para criar um posicionamento online sólido dos seus produtos ou para utilizar esses canais digitais como plataformas de vendas diretas.

Além disso, blogs de conteúdo, como o nosso, Universo de Apps, eram relativamente raros, o que contribuía para uma disponibilidade limitada de informações variadas sobre diferentes tópicos ou produtos. Naquela época, as interações online eram predominantemente superficiais, com poucas empresas reconhecendo o potencial da internet para além de um simples espaço de publicidade estática.

O Surgimento das primeiras redes sociais

O Orkut, uma rede social desenvolvida por Orkut Büyükkökten, foi lançado em janeiro de 2004 e rapidamente conquistou um grande sucesso, especialmente no Brasil e na Índia. Esta plataforma permitia aos usuários criar perfis pessoais, adicionar amigos, participar em comunidades variadas e compartilhar interesses.

Tornou-se particularmente famoso por suas comunidades ativas e pela facilidade de interação entre os membros. No entanto, com o passar dos anos, o Orkut começou a perder sua popularidade devido à emergência de novas redes sociais e foi oficialmente descontinuado em 2014.

Por outro lado, o Facebook, que foi criado por Mark Zuckerberg juntamente com seus colegas de quarto na Universidade de Harvard em 2004, começou como uma rede exclusiva para alunos de universidades selecionadas. Rapidamente se expandiu para incluir outras instituições de ensino superior antes de se abrir para o público geral.

Imagem Ilustrativa: Universidade Harvard onde surgiu o Facebook

O Facebook não apenas replicou muitas das funcionalidades que o Orkut oferecia, como também introduziu várias outras inovações que melhoraram a experiência do usuário, tais como uma interface mais limpa e intuitiva e recursos de interação mais avançados.

Estes fatores, juntamente com uma estratégia de marketing eficaz e aquisições estratégicas de outras plataformas como Instagram e WhatsApp, ajudaram o Facebook a se estabelecer como a rede social líder mundial. Com milhões de usuários ativos diariamente, o Facebook transformou-se numa das empresas mais influentes do globo, afetando não apenas as comunicações pessoais, mas também o comércio e a política global.

A Evolução das Plataformas

As plataformas de redes sociais evoluíram paralelamente à ascensão dos smartphones, tornando-se um elemento crucial na nossa interação com a tecnologia. Essa simbiose entre redes sociais e dispositivos móveis mudou não apenas como nos comunicamos, mas também como consumimos informação e entretenimento. Com os smartphones, o acesso às redes sociais está literalmente na palma das mãos, incentivando o consumo rápido e constante de conteúdos diversos.

Essa facilidade de acesso potencializa a redução dos períodos de atenção, visto que as redes sociais são projetadas para capturar e reter a atenção dos usuários com feeds infinitos, notificações persistentes e algoritmos que personalizam e exibem conteúdo para maximizar a interação do usuário. Essa constante enxurrada de estímulos busca manter o usuário engajado e frequentemente distraído, dificultando a concentração em atividades que demandam atenção mais prolongada.

Ao mesmo tempo, as redes sociais trouxeram benefícios inegáveis como a ampliação da nossa capacidade de conectar-se com pessoas ao redor do mundo, acessar informações rapidamente e expressar criatividade de maneiras inovadoras. A chave para lidar com esta evolução continua sendo o equilíbrio e a autoconsciência sobre o uso dessas plataformas para garantir que elas agreguem valor sem sobrecarregar ou dominar a nossa capacidade de foco.

O Boom das “Redes Visuais”

O boom das redes visuais, caracterizadas por um formato mais visual de comunicação, encontrou um exemplo notável em sua manifestação através do Instagram. Lançado em outubro de 2010 por Kevin Systrom e Mike Krieger, inicialmente como um aplicativo simples de compartilhamento de fotos, o Instagram rapidamente ganhou destaque.

A sua interface simples e o uso inovador de filtros fotográficos que transformavam instantaneamente fotografias comuns em imagens estilizadas e atraentes contribuíram significativamente para sua ascensão. A capacidade de compartilhar momentos da vida de maneira visualmente agradável atraiu milhões de usuários, consolidando o Instagram como uma plataforma dominante entre as redes sociais baseadas em imagens.

Além disso, sua popularidade foi impulsionada pela integração com outras redes sociais, permitindo que os usuários compartilhassem as suas fotos do Instagram diretamente em plataformas como Facebook e Twitter. Por outro lado, o Snapchat, criado por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown e lançado em setembro de 2011, introduziu uma nova dimensão na era das comunicações digitais com seu conceito de mensagens temporárias.

Imagem Ilustrativa: Aplicativo Snapchat

As fotos e vídeos enviados no Snapchat desaparecem após serem visualizados, proposta que cativou principalmente o público mais jovem que buscava mais privacidade e menor permanência no conteúdo compartilhado online. Além disso, recursos inovadores como as “Histórias“, que permitem que fotos e vídeos fiquem disponíveis por até 24 horas, e os filtros de realidade aumentada, consolidaram o Snapchat como uma força inovadora nas redes sociais, influenciando até mesmo as estratégias de plataformas concorrentes.

O impacto de Instagram e Snapchat no mercado e na cultura digital é profundo. Eles redefiniram a maneira como as pessoas interagem online e como as marcas se comunicam com seus consumidores. O Instagram proporcionou às empresas uma vitrine visual para seus produtos e serviços, enquanto o Snapchat destacou-se pela promoção de uma comunicação mais autêntica e momentânea.

A Era Dos Vídeos Curtos

O TikTok, lançado internacionalmente em 2018, tornou-se uma sensação global, cativando uma audiência jovem com vídeos curtos, virais e altamente criativos. Sua interface interativa e algoritmo que personaliza o conteúdo visualizado revolucionaram a forma como as gerações mais jovens consomem e produzem conteúdo.

Além do TikTok, outras plataformas como o Reels do Instagram e o YouTube Shorts também emergiram, capitalizando sobre a tendência de vídeos breves. Estas plataformas combinam elementos de entretenimento rápido com possibilidades vastas de expressão criativa, influenciando significativamente o comportamento social e online da geração atual.

Essas transformações no cenário das mídias sociais trazem consigo novos desafios e críticas que abordamos no próximo segmento. Continue lendo para explorar os desafios e críticas enfrentados pelas plataformas de vídeos curtos.

Desafios e Críticas

A discussão sobre Questões de Saúde Mental e Problemas de desinformação em vídeos de formato curto nas redes sociais é extremamente pertinente no contexto atual. A popularidade desses vídeos trouxe consigo uma série de desafios tanto para os indivíduos quanto para a sociedade como um todo.

Saúde Mental

Os impactos na saúde mental, particularmente em jovens e adolescentes, são significativos. A constante exposição a conteúdos que muitas vezes idealizam estilos de vida ou físicos inatingíveis pode levar a uma série de problemas psicológicos, incluindo ansiedade, depressão e baixa autoestima. Além disso, o vício em redes sociais tem sido cada vez mais estudado como um fator contributivo para a deterioração da saúde mental, pois o uso excessivo pode interferir significativamente nas atividades diárias, no sono e nas interações sociais face-a-face.

Desinformação

Em relação à desinformação, o formato de vídeo curto, popular em plataformas como TikTok e Instagram, muitas vezes privilegia a rapidez e o impacto visual em detrimento da precisão e profundidade da informação. Isto pode levar à propagação de informações incorretas ou incompletas, o que é especialmente perigoso quando se trata de temas sensíveis como saúde, política ou eventos sociais. A rapidez com que esses vídeos se espalham torna ainda mais desafiador controlar a disseminação de falsidades.

Conclusão

A conscientização sobre os efeitos dos vídeos de formato curto é crucial, e a educação dos usuários para verificar informações e entender impactos na saúde mental é um passo fundamental. Incentivar as plataformas a desenvolver verificações de fatos mais robustas e promover um ambiente digital saudável são medidas que podem beneficiar todos os envolvidos.

Para ilustrar melhor outros insights sobre a evolução dos conteúdos digitais, desde o Orkut até o TikTok, deixaremos abaixo um vídeo relacionado que ajudará a compreender como as mídias sociais se transformaram e o papel que desempenham no cotidiano dos usuários.

YouTube vídeo
Afonso Alves
Como Fundador do blog Universo de Apps , assumo a responsabilidade pela gestão e ajustes do site. Com especialização em marketing digital, também mantenho uma ativa presença no YouTube, produzindo conteúdo para canais com uma considerável base de seguidores.